sábado, 30 de abril de 2011

Notícias da Semana 4

No domingo, 24 de Abril.

Catador que achou bebê quer mudar de vida (G1)

Jurava que o sonho dele era continuar com a mesma situação financeira...

 Segunda-feira, 25 de Abril.

Alckmin diz que 'só falta resolver questão do terreno' para Copa (G1)

Terreno é mero detalhe, o resto do estádio tá prontinho!


Terça-feira, 26 de Abril.

O que fazer quando crianças criam problema no condomínio? (UOL, coluna Advogado Responde)

Será que educá-las seria uma solução viável? Sei lá, só uma opinião.


Quarta-feira, 27 de Abril.

Homem é atingido duas vezes por raio em menos de 1 minuto (Terra)

Isso é o que eu chamo de um cara atraente! 

Bônus
Final da saga: Assista ao trailer legendado de "Harry Potter e as Relíquias da Morte 2" (UOL)

De alguma forma, eu achei isso importante... Alguém quer pegar um cineminha dia 15/07?


Quinta-feira, 28 de Abril.

Da banda Restart, Pe Lu conta como largou o Corinthians (UOL)

Aí entrou pra campanha "Drogas, nem morto", mas teve uma recaída e entrou pro Restart.

Sexta-feira, 29 de Abril.

Recordista, time do Coritiba mantém os pés no chão, mas admite boa fase (Gazeta Esportiva)

Sobre o Coxa que chegou a sua 22ª vitória consecutiva. *Barcelona?! Quem?!

Bônus
Câmera flagra sacristão fazendo acrobacia após casamento real (G1)

Pronto agora o circo que a imprensa armou está completo, o acrobata chegou, e milhões de palhaçoes se importaram mais com o casamento do que com os problemas do mundo.

Sábado, 30 de Abril.

Projeto de lei quer tornar crime compra de pirataria em Nova York (New York Times "versão em português")

E se essa moda pegar por aqui?! Onde vão parar nossos preciosos "Made in China e/ou Paraguay"?
É fácil é só não haver impostos abusivos nos nossos produtos internos e exportados.

Bônus
Filho de Kadhafi é morto em ataque de OTAN (G1, UOL, Terra, R7 e qualquer outro jornal do mundo).

Bom, essa é a notícia séria da semana e mais recente. Tomara que agora o Ditador desista.


É isso aí galera, estas foram as "melhores" noticias dessa semana.
Não deixe de comentar, sugerir pautas, criticar as notícias, sacanear os comentários... enfim, participe!
Você também pode enviar seu texto para umcasoporacaso@gmail.com e poderá vê-lo publicado em nossas páginas.





Movimento Preço Justo, Nós apoiamos

O vlogger Felipe Neto lançou essa semana em seu canal no youtube a campanha Preço Justo Já para discutir os altos níveis de impostos que encarecem os produtos e levam cada vez mais os consumidores a optarem por copias piratas.
A campanha que foi lançada no youtube e ganhou força no twitter, com a hashtag #PrecoJusto, visa atingir 1 milhão de assinaturas em um manifesto online que será levado à presidência da república com o pedido de providências.
O vídeo, lançado nessa terça, 26 de abril conta, até o momento dessa edição, com 2039090 exibições.

O manifesto está no site http://www.precojustoja.com.br e nós, do UmCasoPorAcaso apoiamos essa ideia.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Frases de quinta categoria 6

“Já pensou em apanhar, rapaz? Já pensou em apanhar? Me dá isso aqui. Não vai desligar mais p... nenhuma. Vou ficar com isso aqui”

Senador Roberto Requião em "entrevista" após ser questionado sobre aposentadoria que recebe por ser ex-governador do Paraná. Ele tomou o cartão de memória do gravador do repórter e mais tarde devolveu sem o conteúdo.


Esse é o governador que comeu mamona tá gente... só pra constar... não que isso queira dizer algo...

“Não conheço esse fato. Acho que o senador Requião é um cavalheiro. Deve ter ocorrido um mal-entendido porque ele não deve ter feito isso” 

Senador José Sarney, presidente do Senado, sobre incidente Requião X Jornalista.

Dois erros graves na mesma frase: 1 - Requião é famoso por ser cavalo daê mal educado; 2 - O próprio Requião assumiu o ato no twitter... 

'Só falta a questão do terreno' 

Governador de São Paulo, Geraldo Alckimin, sobre atraso nas obras da copa.

Concordo com o Governador, gente. Terreno é a última coisa com que se preocupar em qualquer obra, ainda mais num estádio de futebol que cabe em qualquer cantinho...

"Ainda estou em estado de choque. Tenho que agradecer muito a Deus. Nasci de novo!"

Ex-BBB Inês que teve o carro atingido por um pedra quando passava pela estrada Grajaú-Jacarepaguá.

Tá vendo, gente... Ele tá tentando formas alternativas ao dilúvio, mas nunca treinou mira... Ela deve agradecer muito mesmo... Sobre o "Nasci de novo", só um comentário: Que Pena! 
(Humor Negro, pode, leitor?)

“Estou sofrendo preconceito heterossexual” 

Deputado Jair Bolsonaro (ainda não é hora de rir) ao ser censurado por criticar homossexuais durante audiência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, destinada a debater segurança pública com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.

Claro, nobre deputado, porque uma reunião "destinada a debater segurança pública com o ministro da Justiça" tem tudo a ver com o governo combater a homofobia nas escolas.

'Não é uma tarefa fácil a desencarnação' 

Ex-presidente Lula em discurso na abertura do 8º Congresso Nacional da CUT, sobre a consciência de que Dilma deve governar a sua maneira.

Não é fácil mesmo, Derci Gonçalves, José Alencar e Hebe Camargo que o digam...
(Humor Negro, pode, leitor?)  [2]

'Ninguém pode usar carro blindado no governo'

Governador Geraldo Alckmin, sobre suposta compra de carro de luxo blindado pelo comando da Polícia Militar do estado.

Se eles tão com medo, imagine eu! 

"Parece uma cena real de sexo, não necessariamente vampiresca, o que é bom" 

Kristen Stewart, a Bella, de Crepúsculo, em entrevista sobre o fim da saga.

E eu fico imaginando o que seria considerado cena de sexo aos olhos da trama. Algo como Edward sem camisa e Bella de pijama com o desenho do piu-piu?

'Estamos concentrados diretamente nisso' 

Luciano Coutinho, presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), sobre "ações rápidas" que o governo prepara para reforma dos aeroportos brasileiros para a Copa do mundo.

Fico feliz em saber que o Banco do Desenvolvimento Econômico e Social, esteja preocupado com os aeroportos para a Copa... se não fosse ela, você e eu, brasileiros, continuaríamos vivendo o caos aéreo.

“eu acho que dá tempo (para reformar os aeroportos). Evidentemente que os tempos para que as coisas aconteçam deverão ser menores do que no passado” 

Henrique Meirelles, presidente da Autoridade Pública Olímpica, sobre planos do governo para aeroportos pra Copa do Mundo.

Traduzindo: dá tempo, mas não muito.



E você, amigo leitor? Tem alguma frase de quinta categoria dita por alguma "celebridade"?

terça-feira, 26 de abril de 2011

O complexo excesso de garantias

"Você tem o direito de permanecer calado, tudo o que disser pode e será usado contra você no tribunal".
Alguém já se perguntou o motivo dessa frase nos filmes? A tia vai contar pra vocês... Ela é obrigatória na vida real. Ao ser detido, o infrator deve ser avisado de seus direitos porque é princípio constitucional que ninguém é obrigado a fornecer prova contra si.

Mas essa é apenas uma das muitas pontas do iceberg de garantias da nossa colcha de retalhos Constituição Federal de 1988.
A impunidade é talvez o tema mais debatido nas rodas de conversas pelas ruas. "Fulano foi preso, 2 horas depois estava solto" ou "De que adianta a polícia prender se o delegado vai soltar" ou ainda "tem não sei quantas passagens e continua cometendo crime".
E no final das contas, eu devo concordar que nosso sistema prisional é falho, que nossa legislação é atrasada, etc etc etc. Mas o que eu nunca vou concordar e sempre vou bater de frente com as opiniões contrárias é que a culpa é dos delegados, promotores e juízes, e ainda, que quem pode pagar advogado não sofre as consequências da lei.
Antes de fazer uma crítica, deve-se entender o objeto criticado. E essa é uma premissa que poucas pessoas seguem. E é aí que cometemos as maiores injustiças.
Pegando sempre na questão da impunidade.
Delegados, membros do Ministério Público (correta denominação do Promotor), advogados e juízes não fazem nada que não seja pela força da lei, e, ainda que concordem com o senso comum que eles geram a sensação de impunidade, não podem fazer o contrário pois são obrigados a obedecer a lei, que é obrigada a obedecer a Constituição.
A nossa Constituição é falha? Nem sim, nem não, muito pelo contrário.
Em Direito, costuma-se falar que sempre que a resposta não contém ressalvas, ela está errada. A questão é muito complexa pra ter como resposta 3 letras.
Mas vamos entender o contexto da longínqua década de 1980. A Constituição promulgada em 1988 começou a ser trabalhada em 1985, com a abertura política e toda a questão do fim da ditadura militar.
"Em 1º de fevereiro de 1987, foi instalada a Assembleia Nacional Constituinte, presidida pelo deputado Ulysses Guimarães (1916-1992). Após 18 meses de trabalho, os congressistas promulgaram em 5 de outubro de 1988 a oitava Constituição brasileira, batizada por Ulysses de Carta Cidadã, reconhecida por estudiosos como a que contou com o maior apoio popular e que se mostrou claramente voltada para a defesa dos direitos dos cidadãos." (Reportagem especial O Globo)
Entre nossos constituintes estavam pessoas que lutaram contra o regime militar, que fizeram parte de toda a movimentação para a abertura, que foram perseguidos, torturados, exilados ou, no mínimo, que tinham conhecimento disso. Ou seja, o primeiro passo natural da reconfiguração do Estado após a formatação era garantir que nenhum outro sistema que estivesse a frente do país cometesse os mesmos atentados contra direitos fundamentais dos populares. Diante da constante sensação de medo, a primeira atitude foi assegurar que isso não voltaria a acontecer. Pelo menos não enquanto a CF/88 vigesse.
E assim assegurou-se que não haveria tortura, que ninguém seria mantido preso sem o devido processo legal, que todos eram inocentes até que se provassem o contrário e por aí vai.
A questão é que, ao assegurar todos esses direitos, não diferenciou-se - e nem poderia - o criminoso político dos demais, dando-se as mesmas garantias a autores de quase todos os crimes, independente da gravidade. Legalmente falando, é muito difícil manter alguém preso antes da sentença transitada em julgado (aquela que não é mais passível de recurso).
O excesso de garantias é prejudicial? Provavelmente, pensando na sensação de impunidade, você respondeu sim.
Agora, imagine o seguinte: Você, leitor, ou um familiar seu, trafegando de carro por uma via pública, perde o freio e atropela alguém, que fatalmente vem a falecer. Ou você entra num carro e sai, imaginando ser o seu, mas depois se dá conta que se enganou. Ou ainda, você entra numa loja, compra determinado produto por um valor e por engano pega um de valor muito maior. Homicídio culposo, Furto, Estelionato, respectivamente. Os 3 são crimes tipificados no Código Penal, se houve ou não a intenção, se faltou cuidado, se houve erro, isso são questões que seriam discutidas na esfera judicial, e, enquanto não se desenrolasse o processo você teria ai uns bons dias num "hotel" vigiado e de péssimas condições se não existissem as tais garantias.
Existe um vídeo de 2006 do jornalista Alexandre Garcia comentando uma notícia acaba abordando o tema, até de forma muito apaixonada.



"Qual a solução? o que podemos fazer?"
Por hora, eu pediria que não esperem que alguém diga. Pesquise, se informe, pense e forme a sua opinião. É assim que tem que ser feito quando a questão é polêmica e o conceito de certo ou errado depende do dono da opinião.


Queremos ouvir você, leitor. Com o que tem até aqui, o que lhe parece certo? manter as garantias ou acabar com elas? Claro que no real a questão é mais complicada, as garantias fundamentais não podem ser tiradas da Constituição por simples reforma. Mas na esfera hipotética, qual sua opinião? Opine, comente, queremos saber dos nossos leitores.

Saudações!

domingo, 24 de abril de 2011

Futebol, religião, política e outros assuntos que a gente não discute (mas deveria)

Uma das frases de doutrinação que a gente mais costuma ouvir desde moleque, junto com “Sempre respeite os mais velhos”, “Se não sabe consertar não quebra” e “Essa aqui é só uma amiga do papai e se não contar nada pra sua mãe vai ganhar um videogame novo”, é o clássico “Futebol, religião e política não se discute”.
Essa frase parte da premissa de que esses três assuntos são tão polêmicos, tão tensos, tão complexos, que a simples tentativa de uma troca de opiniões sobre eles vai imediatamente drenar toda a racionalidade do ambiente e transformar um bate papo casual no que poderia ser descrito como uma briga de facas num pub viking em noite de UFC. Em suma, despertar aquilo que Roberto Jefferson chamaria de “nossos instintos mais primitivos”.
Existe nisso uma face de verdade que poucos de nós podem negar. Na eleição passada qualquer um que tenha um Twitter conseguiu notar o quão absurdas as discussões políticas podem se tornar num ambiente virtual mesmo entre amigos. Todos sabemos o quão delicada é uma questão como a da religião, que lida diretamente com a visão de universo de uma pessoa e mesmo eu, que devo ser um dos caras mais pacatos do mundo, posso ficar significativamente exasperado quando o assunto é o maldito campeonato brasileiro de 1987. Sério, eu admito que fiquei nervoso apenas digitando sobre isso. Acho que até tive um pesadelo com a taça de bolinhas, na boa.


Tudo começou porque ele perguntou em quem o outro votou para vereador



A invenção da não-discutibilidade


Mas a verdade é que com o passar do tempo não apenas esse tipo de conceito sobre “não-discutibilidade” de certos assuntos foi sendo introjetado pelas pessoas como o grupo dos tópicos não-discutíveis foi crescendo cada vez mais, numa proporção que desconfio em breve vai começar a complicar a vida das pessoas na hora de bater papo num bar.
Vivemos numa era em que você ouve pessoas dizendo coisas como “Carro não se discute”, “Lobão não se discute”, “BBB não se discute”, tendência que possivelmente vai nos levar a uma era em que você vai comentar com o seu amigo que o bolinho de bacalhau não está tão bom e ele vai replicar com um “Porra, bolinho de bacalhau não se discute, tá querendo que isso aqui descambe pra porradaria, bróder?”.


Por que discutir se eu posso trollar, certo?

Com o tempo a maior parte de nós acabou se desacostumando a discutir. Não discutir no sentido de bater boca, trollar, gritar, trocar ofensas e ficar assustando as crianças pra que elas precisem daquelas consultas caras na psicóloga infantil, mas sim no sentido de trocar ideias, ouvir, começar uma conversa já sabendo que o outro tem uma opinião diferente, possivelmente inversa, mas que ela é tão válida e tão importante quanto a nossa, porque se ele pensa assim ele tem algum motivo.
Discutir é ao mesmo tempo uma chance pra dar a sua opinião e uma oportunidade pra ouvir a do outro, tentar entender como ele chegou ali.
Quando dizemos que o assunto a ou b “não se discute”, o que fazemos é basicamente admitir que não apenas não queremos conhecer uma perspectiva diferente como o simples gesto de ouvir essa visão é pra nós ofensivo, absurdo e algo que provavelmente vai descambar pra gritaria e pra porrada com garfinhos de plástico.
E porque fazemos isso? Porque é fácil, claro. Se eu sou ateu é sempre mais fácil apenas ignorar qualquer argumento religioso do que tentar ouvir e entender porque aquela pessoa pensa e sente daquela forma. Se eu sou de esquerda é muito mais fácil taxar alguém de direita de reacionário matador de pobres do que buscar qual o tipo de base teórica que gera aquela posição. Se eu sou flamenguista é muito mais fácil chamar o Sport de time pequeno do que tentar entender a zona que foi aquele ano de 1987 e buscar o que aconteceu e não o que eu gostaria que tivesse acontecido.



"Galera, agora vamos sentar todo mundo e discutir esse lance de 87 com calma, perai".


E qual o grande resultado disso? Deixamos de pensar. Afinal, o que te obriga a embasar sua opinião, a ter argumentos lógicos, a justificar seus pontos de vista, é o confronto com a opinião alheia, é o embate sadio (e sem objetos perfurocortantes) entre visões de mundo.
É exatamente quando eu falo com alguém de direita que eu entendo mais claramente porque sou de esquerda, é exatamente quando eu ouço minha avó falando sobre religião que eu noto o que ali me gera discordância e o que não gera, é exatamente quando eu falo com um sãopaulino sobre a taça de bolinhas que eu entendo porque ele se sente tão no direito de ter aquela porcaria de troféu quanto eu.
E isso se reflete nas coisas, nas instituições, na sociedade. Não conseguimos discutir política sem que alguém acabe mayarapetruzando a conversa e por isso pessoas votam com argumentos tão contundentes quanto “Acho que ela é sapatão” ou “Não voto nele porque ele tem cara de vampiro” e temos um cenário político do qual não nos orgulhamos.
Não discutimos religião e por isso questões como padres pedófilos ou pastores que lucram tanto quanto megaempresários acabam sendo jogadas pra debaixo do pano em nome de uma “tolerância religiosa” que é muito mais medo do rumo que a conversar pode levar do que tolerância em si.
Não discutimos futebol e temos que ficar separados por grades nos estádios pra que uma torcida não ataque a outra com pedaços de tijolo ou porretes de madeira. Porque afinal, não dá pra discutir esses assuntos, todo mundo sabe. “Se discutir vai dar merda.”


Tudo é passível de discussão (até isso de tudo ser passível de discussão)

A verdade é que não deve existir assunto que não possa ser discutido, se nós soubermos discutir. Não porque a constituição garante, não porque liberdade de expressão é sagrada, não porque vivemos um novo começo de era com gente fina, elegante e sincera com a habilidade pra dizer mais sim do que não, mas porque essa troca de opiniões é mais do que um sinal de civilização, é um mecanismo de evolução em termos sociais.
É apenas com o choque de opiniões, com a troca de ideias, com a capacidade de ouvir o diferente sem reagir com “Meh”, “Mimimi” ou “Ah, não vamos falar sobre isso”, que conseguimos sair do lugar comum e expandir a nossa visão além do que a nossa cabeça consegue pensar sozinha, gerando mudança.


É conversando que as pessoas se entendem. Eu apenas adicionaria cerveja e um petisco. Torresmo, quem sabe? 


Não que seja um exercício fácil, porque nunca é. Primeiro porque nem todo mundo sabe expressar a sua opinião de forma respeitosa ou argumentar fora do campo do “Você está errado porque eu estou certo”, depois porque é incômodo expor suas convicções à prova e ver que elas podem sim estar erradas e terceiro porque, bem, em diversos momentos dá mesmo vontade de dar porrada em alguém, não vamos negar.
Mas quando praticado com freqüência acaba se tornando um hábito e te permite pensar com mais clareza e ter mais convicção nas coisas que você diz e faz, além de te ensinar a ter um respeito bem maior pelo outro e pela opinião dele, ainda que ela seja diferente da sua, baseada em conceitos dos quais você discorda e possivelmente refutada por qualquer traço básico de realidade, só valendo para um universo em 2D no qual girafas seriam as criaturas predominantes na Terra.
Por isso precisamos discutir. Seja futebol, política, religião, carro, o lance do Lobão com o Restart, o bolinho de bacalhau ou quem era aquela mulher que estava saindo do motel com o meu pai naquele dia, vai ser exatamente a discussão civilizada, sadia e inteligente que vai nos levar a algum lugar, se formos mesmo chegar a algum lugar.
E claro, apenas a título de informação, acho que a taça das bolinhas deveria mesmo ficar com o meu Flamengo. Mas a gente sempre pode discutir isso.

* Escrito por João Baldi Jr.
** E retirado discaradamente e sem permissão do ótimo  Papo de Homem

Notícias da Semana 3

Domingo, 17 de Abril.

Aécio tem carteira de motorista apreendida e recusa fazer teste de bafômetro.

Além de tudo é um "bom exemplo" esse nosso Senador.

Segunda, 18 de Abril.

PT vai discutir legalização do plantio de maconha.

*(Notícia bônus) Ziggy Marley cria gibi contra "estereótipo" de maconheiro.

As notícias se completam. Sendo assim a comunicação do Governo Federal já pode começar a pensar num gibi nacional. "THE LEGALIZER".

Terça, 19 de Abril.

Partido Comunista de Cuba renova lideranças.

As velhas peças já estão em exposição num museu de Havana.


Quarta, 20 de Abril.


Preso homem que alega ter perseguido menor a mando de Deus 

É esse tal Deus pondo as pessoas em apuros desde a época de Noé!



Quinta, 21 de Abril.


Saiba o que é bem visto e o que é gafe em um casamento real 



Porque, né, nós não podemos cometer gafes nos próximos casamentos reais a que formos convidados.

Sexta, 22 de Abril.

 William e Kate prometem modernizar a tradicional monarquia inglesa
  
Ah, pra que?!? tá tudo tão moderno!  principalmente todos os cerimoniais e protocolos!


Sábado, 23 de Abril. 

Falcões fazem ninho em museu e são 'vigiados' por webcam


Tá ficando complicada a vida do Falcão...






É isso aí galera, estas foram as "melhores" noticias dessa semana.
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