sábado, 2 de abril de 2011

Quando é que os fanaticos vão aprender o significado do respeito?

Logo pela manhã, espanta a notícia "Protestos contra queima do Alcorão deixam mortos no Afeganistão".
Aí você vai ler a reportagem e entende o contexto. Um pastor de uma igreja da Flórida - EUA queimou publicamente um Corão, ou Alcorão, o livro sagrado muçulmano.  Diante disso, afegãos fizeram um protesto pacífico, que teve pessoas não tão pacíficas assim infiltradas e resultou em danos, feridos e mortos.
Mas o ponto não é bem esse.
Quem não se lembra do episódio de um pastor que chutou a imagem de Nossa Senhora Aparecida, imagem sagrada do catolicismo.
Outro dia quase me envolvi numa discussão por ter dito que Batistas e Católicos professavam a mesma fé. Meu interlocutor ficou tão ofendido com a minha colocação que não me deu tempo de concluir o raciocínio e já foi tecendo milhares de criticas ao catolicismo quase que com ódio nos olhos. Quando disse que ambos professavam a mesma fé, iria concluir que, diferenças à parte, ambos acreditavam na divindade de Jesus Cristo. Sem entrar em mérito da questão, porque a religião é livre e cada um segue a que acreditar.
Não é incomum na época de finais de campeonato, as matérias sobre brigas de torcida, atentados contra times, etc.
Há pouco tempo teve lugar na mídia a notícia de parlamentares opositores que se enfrentaram a tapas numa sessão. E não foi a primeira vez.
Dia desses vi pessoas públicas chegando quase às vias de fato por discordância de ideias.
Na ultima campanha eleitoral rolou todo o debate sobre o que teria atingido determinado candidato. Pedra, Bolinha de papel, tanto faz. Quem atirou, adversário, partidário? Tanto faz!
Já vi fãs de bandas de rock enfrentando fãs de Fresno com o argumento de que este não pode ser considerado rock.
O que dizer dos homens-bomba? Dos ataques ao World Trade Center?
Você consegue ver o ponto comum em todos os atos citados?
Saca onde tá o problema disso tudo? Fanatismo!
Torcer para um time, gostar de uma banda, professar uma religião, ter uma inclinação política, ter o seu ponto de vista em tudo, isso não é errado, pelo contrário, ter opinião própria é louvável. O problema é quando essa opinião é tão levada a extremos que ultrapassa os limites da razão.
Acredito, sinceramente, que o sentimento que deveria guiar todo ser humano é o respeito.
Se uma religião respeitasse a outra, não teria esse tipo de acontecimento lamentável. Se um país respeitasse a soberania do outro, não haveriam determinadas guerras. Se um torcedor respeitasse o time do outro, não teríamos as guerras de torcida, se respeitássemos nossos semelhantes, leis não precisavam tipificar (tornar crime, no juridiquês) a conduta de discriminação, e assim por diante.
As frases do pastor que queimou o Alcorão já estão guardadas pro Frases de Quinta... É lamentável que no avanço que nos encontramos, ainda vemos pensamentos tão retrógrados que levam a atitudes tão animais. Quantas mortes já aconteceram a troco do fanatismo? Todo o tipo dele...
Como é que é? Quando vão aprender que um bom debate de ideias vale mais que um soco ou pontapé.
Argumentação, essa é a minha arma, sempre!
Não existe uma verdade universal, uma verdade matemática, motivo pelo qual nenhuma opinião é 100% correta.
Diante disso, deixo uma pergunta pra pensar:
Até onde vale a pena defender com unhas e dentes a metafísica que você acredita?

O único fanático aceitável é o nosso amigo Achmed



Pense nisso na próxima conversa em que os ânimos estiverem alterados.

Saudações!

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